Novo golpe da maquininha gera prejuízo de R$ 4 bilhões no Brasil: entenda
Centenas de golpes afetam diariamente os brasileiros, mas o golpe da maquininha tem sido um dos mais eficazes no roubo de dinheiro direto.
O golpe da maquininha já movimenta um prejuízo estimado em mais de R$ 4,8 bilhões em apenas 12 meses no Brasil, segundo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A prática criminosa se espalha com rapidez por diversas cidades e afeta vítimas de todas as idades.
Com o uso de maquininhas de cartão adulteradas e técnicas de engano cada vez mais sofisticadas, os estelionatários conseguem aplicar fraudes em questão de minutos, causando perdas financeiras significativas antes mesmo que a vítima perceba o ocorrido.
Em um contexto de explosão de crimes virtuais e tecnológicos, esse tipo de golpe revela a vulnerabilidade de sistemas e a urgência de atenção por parte dos usuários. Portanto, é essencial saber o que fazer para evitar ou, se acontecer, como ressarcir os danos.

Neste artigo, você confere:
Como funciona o golpe da maquininha?
O golpe se inicia quando criminosos se passam por motoristas de táxi ou aplicativos e, ao final da corrida, informam que não aceitam pagamento via Pix ou dinheiro. Assim, exigem que o cliente utilize o cartão para concluir a transação.
Nesse momento, entregam uma maquininha adulterada, preparada para capturar a senha digitada. Muitas vezes, o equipamento parece normal, mas contém modificações que registram os dados bancários da vítima.
Após a digitação, o golpista simula um problema técnico e, com um movimento rápido, realiza a troca do cartão por outro semelhante, enganando a vítima sem que ela perceba. Com posse do cartão verdadeiro e da senha correta, o criminoso consegue realizar compras de alto valor em poucos minutos.
Em diversos casos relatados, as vítimas só percebem o golpe após receber notificações de compras indevidas ou ao tentar utilizar o cartão e perceber que ele foi trocado. A troca costuma ocorrer de forma tão sutil que muitas pessoas só desconfiam após prejuízos expressivos.
Segurança na aplicação para fraudadores
O golpe da maquininha atrai estelionatários por oferecer riscos baixos e retorno financeiro alto. Ao contrário de crimes como assaltos ou furtos, essa prática permite que o criminoso atue com discrição, sem exposição direta e sem violência.
A modernização dos métodos e a criação de dispositivos adaptados facilitam a fraude e dificultam sua detecção. Maquininhas com botões ocultos, por exemplo, permitem visualizar senhas digitadas com facilidade, ampliando o poder de ação dos fraudadores.
Dados recentes mostram que, enquanto crimes violentos como roubos caíram cerca de 51% nos últimos anos, os estelionatos cresceram mais de 400%. Essa mudança de perfil criminológico acompanha a digitalização da vida cotidiana e o uso crescente de meios eletrônicos de pagamento.
Além disso, há a existência de conteúdos na internet que ensinam como aplicar o golpe, incluindo vídeos, fóruns e até cursos online. Isso facilita o acesso à técnica e contribui para a disseminação do crime, ampliando o número de envolvidos e a frequência das ocorrências.
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Como se proteger do golpe da maquininha?
- Mantenha o cartão sempre visível: Nunca entregue seu cartão fora do seu campo de visão. Exija que a transação seja feita na sua frente, sem que o operador leve o equipamento para longe.
- Cubra o teclado ao digitar a senha: Utilize a outra mão ou objetos pessoais para proteger os números durante a digitação. Esse cuidado dificulta a visualização da senha por terceiros ou câmeras ocultas.
- Verifique o cartão após o pagamento: Confirme se o nome, número e bandeira do cartão retornado são realmente os seus. Qualquer diferença pode indicar troca ou tentativa de fraude.
- Prefira pagamentos por Pix ou carteiras digitais: Utilize métodos de pagamento que não envolvam o uso físico do cartão sempre que possível. Isso reduz a chance de captura de dados sensíveis.
- Desconfie de maquininhas com mau funcionamento: Evite concluir transações em maquininhas com tela escura, falhas de sinal ou que apresentam comportamentos estranhos. Essas condições podem ser indícios de adulteração.
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O que fazer se for vítima da armadilha?
Caso perceba que foi vítima do golpe da maquininha, o primeiro passo é bloquear o cartão imediatamente. Essa ação pode ser feita pelos canais digitais ou telefônicos do banco emissor, e quanto mais rápido for realizada, menores as chances de novas transações indevidas.
Em seguida, é fundamental registrar um boletim de ocorrência, preferencialmente em delegacias especializadas em crimes digitais ou estelionatos. Após formalizar a denúncia, entre em contato com o banco para relatar a fraude e solicitar o estorno das compras não reconhecidas.
É importante reunir e guardar todos os documentos, comprovantes e notificações recebidas, pois essas informações serão úteis para investigação e possíveis processos de reembolso. Quanto mais provas disponíveis, maiores as chances de sucesso na contestação.
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